Todos sabemos que é praticamente
impossível ignorar o choro de um bebé. Num estudo que o demonstrou de uma forma forma simples, os investigadores davam ás pessoas
uma gravação de um bebé a chorar para que a ouvissem durante uns minutos e depois
avaliarem o tempo que tinha durado aquele choro. Todas as pessoas julgavam que
o choro tinha durado mais do que na realidade durara; na verdade, a grande
maioria das pessoas avaliava a duração daquele choro como sendo 50% superior aquilo que era o seu tempo real. Isto demonstra bem como nos aflige este
som, de tal maneira que o tempo até nos parece mais longo porque ficamos tão
desesperados para que pare. E, qualquer mãe ou pai de recém-nascido sabe como
cada minuto se arrasta e como cada minuto parece mais uma hora quando temos um
filho que chora nos braços e não conseguimos fazê-lo parar. É suposto que assim
seja. O choro é um sinal importante, que não deve ser ignorado. A natureza é
sábia e o nosso instinto também. E o instinto de qualquer pai ou mãe de um bebé
que chora é olhar para ele, pegar-lhe ao colo e tentar perceber o que se passa.
O choro como forma de comunicar
O choro do recém
nascido é um sinal importante de que algo pode não estar bem. Os seres humanos
nascem com um grande grau de imaturidade e, por isso, estão totalmente
dependentes dos seus cuidadores para poderem sobreviver. Como os bebés não sabem falar, precisam de ter algum meio de comunicar que lhes permita alertar os seus cuidadores sempre que se sentem em risco. E,
como seres altamente imaturos que são, os bebés ficam totalmente dependentes desta proximidade com os cuidadores por isso, o seu choro, é uma resposta instintiva que serve justamente para os aproximar e para lhes pedir que prestem atenção e que fiquem por perto. O choro é realmente um mecanismo de alerta que não pode e não deve ser ignorado.
Primeiro porque, se o bebé chora, é porque realmente alguma coisa não está como
deveria estar com o seu organismo, alguma coisa precisa de ser alterada.
Segundo porque se o bebé nasce programado para confiar nos outros e para
estabelecer relações é fundamental para a sua saúde mental, para que seja capaz
de estabelecer relações e para que aprenda a confiar nos outros sentir que o
seu choro é ouvido e atendido, mesmo que haja casos em que o pai ou a mãe não o
conseguem fazer parar. É verdade que há casos em que, à custa de tanto ser ignorado, o choro pode quase desaparecer mas isto significa apenas que o bebé desistiu de uma resposta que é vital para a sua sobrevivência e para o seu crescimento e esta desistência pode ter consequências muito graves no seu desenvolvimento que já foram explicadas neste artigo: Razões para não deixar um bebé a chorar sozinho
Acontece que, na nossa
sociedade, crescemos cada vez mais desligados de nós mesmos, dos nossos
instintos e daquilo que é natural. Então habituamos-nos muitas vezes a pensar
que é natural um bebé chorar. Que não faz mal deixá-lo chorar um pouco, que é mesmo assim. É tão natural que,
por vezes, se chega ao extremo de achar que precisamos de o deixar chorar um
pouco para que ele se desabitue de o fazer. Para que se desabitue de contar
connosco, para que se desabitue de confiar nos seus instintos e nos seus
próprios mecanismos de sobrevivência, para que se desabitue de pensar que pode
confiar no mundo e, acima de tudo, para que se desabitue de se sentir seguro
com os seus pais e consigo mesmo.
Quando os bebés choram é normal
que o instinto dos pais lhes diga que algo não está certo. Acontece que, na
nossa cultura, há muitas outras vozes que nos dizem que não faz mal um bebé
chorar, que os bebés choram, que é mesmo assim, que é normal chorarem e que nem sempre têm uma razão para o fazer. Se, por um lado, esta atitude pode retirar alguma pressão dos ombros do pai e da mãe que assim
se sentem menos culpados por não serem capazes de evitar o choro do filho, por
outro lado, descredibiliza e desvaloriza o instinto que nos diz que nenhum bebé
chora sem razão e que, se existe uma razão, quer dizer que existe uma causa para
o choro que pode e deve ser encontrada. E diminui também a nossa confiança em nós mesmos, como mães ou pais, porque não seguimos o nosso instinto e a nossa confiança no nosso filho, porque não aceitamos as suas manifestações e não acreditamos no seu comportamento que nos demonstra que algo não está bem com ele.
Então onde podemos procurar essas
causas e como lidar com elas?
Há várias causas que se podem procurar para o choro do bebé. Deixo aqui algumas sugestões de como lidar com cada uma delas.
Temperatura - Em relação ao frio e calor, basta
lembrar que os bebés são um pouco mais sensíveis ao frio do que nós. A melhor
forma de termos a certeza de que o bebé está confortável é mesmo mantê-lo em
contacto connosco, porque o contacto com o corpo da mãe ou do pai ajuda o bebé
a regular a sua temperatura corporal. Este é um mecanismo que pode mesmo ajudar a
salvar vidas no caso dos bebés prematuros que ainda são demasiado imaturos para
se auto-regularem. Mas, mesmo nos bebés de termo, a possibilidade de ter o
corpo da mãe ou do pai perto do seu faz com se torne muito mais fácil manter a
temperatura do organismo dentro dos níveis adequados. O que significa que o bebé precisa de gastar muito menos energia para o conseguir. Isto é válido mesmo no
caso de dias com temperaturas muito elevadas, porque, nesses dias o nosso corpo
também precisa de se ajustar e auto-regular para manter a sua temperatura. Por
vezes as mães têm medo que os bebés aqueçam demasiado se estiverem junto do seu
corpo em dias quentes mas, a verdade, é que este contacto ajuda o organismo do bebé a fazer os
ajustes necessários para suportar tanto o calor como o frio.
Fome – para ter a certeza de que o bebé não tem fome, o mais fácil
é mesmo oferecer sempre a mama ao bebé quando ele chora. E não olhar para as horas
nem para o tempo que passou desde a última mamada. Se o bebé não tiver fome e
estiver a chorar por outro motivo qualquer, ele próprio, acabará por largar a
mama. Por vezes as mães têm receio de
que o bebé se habitue demasiado a contar com a mama se lha dão sempre que
chora. Mas é essencial que o façam, principalmente com recém nascidos. Porque
os bebés não têm horas para ter fome e tanto lhes faz se mamaram há três horas
ou há três minutos. Pode haver alturas que simplesmente precisam de mamar mais.
Outras vezes apenas pegam na mama alguns segundos porque tinham sede e queriam
mesmo só aquele leite mais aguado do início. Outras vezes não têm fome nem sede
mas a sucção é muito importante para um bebé e a mama é o sítio adequado para a
treinar. Muito mais do que qualquer substituto de plástico. A mama não serve só
para matar a fome do corpo mas também serve para matar a forme de contacto, de
amor, de conforto. Mamar é o mais parecido que o bebé encontra com estar dentro
do útero da mãe outra vez e por isso também é uma excelente forma de acalmar um bebé que está agitado por outros motivos, mesmo que não tenha fome. E, nestes casos, se lhe parecer que não faz muito sentido dar a mama cada vez que o bebé chora, pergunte-se então que sentido fará dar uma chucha, um objecto de plástico que não tem nenhum significado afectivo, nem nutritivo e se limita a preencher a sua necessidade de sucção de forma desprovida de calor e de afecto.
É importante também estar atento aos primeiros sinais de fome - como procurar a mama ou chupar os dedos, por exemplo - e não esperar que o bebé chore para lhe dar de mamar, porque o choro é um sinal de que a fome já é tanta que o bebé já ficou agitado e ansioso, e isto pode até pode dificultar um pouco a mamada.
É importante também estar atento aos primeiros sinais de fome - como procurar a mama ou chupar os dedos, por exemplo - e não esperar que o bebé chore para lhe dar de mamar, porque o choro é um sinal de que a fome já é tanta que o bebé já ficou agitado e ansioso, e isto pode até pode dificultar um pouco a mamada.
Fralda suja – hoje em dia, com as
fraldas descartáveis, o desconforto de ter a fralda com xixi já é muito
reduzido. Mesmo com as reutilizáveis, de pano, há sistemas que absorvem bem o
xixi e, por isso, o bebé não fica com a sensação de ter a fralda molhada que
pode causar desconforto. Assim, já não é tão provável que o facto de ter a
fralda com xixi faça um bebé chorar mas, de qualquer modo, é sempre um factor a
ter em conta e que pode provocar incómodo a bebés mais sensíveis, sobretudo no caso das fezes.
Necessidade de colo – aqui é que
muitas vezes os pais começam a desvalorizar o choro do bebé. Quando percebem
que não tem fome nem sede, nem frio ou calor, nem a fralda suja, começam a
achar que o seu choro não deve ser levado a sério e, muitas vezes, não
acreditam que a necessidade de colo é tão importante como todas as outras. É
verdade que um bebé pequeno tem uma grande necessidade de estar em contacto com
a mãe ou o pai. Esta necessidade é tão real como qualquer uma das que já
mencionámos e não deve ser menosprezada. Alguns bebés manifestam-se mais nesse
sentido, são um pouco mais activos na procura deste contacto e não se contentam
se não o tiverem quase constantemente. Mas todos os bebés têm esta necessidade.
Alguns autores defendem que, os primeiros nove meses da vida de um bebé devem ser chamados de exterogestação. Isto quer dizer que o bebé precisa de continuar a
desenvolver-se fora do útero materno - porque a sua cabeça nunca passaria pela pélvis da mãe se continuasse a desenvolver-se lá dentro - mas que precisa de um ambiente o mais
parecido possível com o útero. E essa semelhança consegue-se sobretudo mantendo
o bebé em contacto com o corpo da mãe ou do pai. Alguns autores recomendam que
se embrulhe bem o bebé, para que ele se sinta contido como no útero, ou que se
use um secador de roupa ligado para produzir um som semelhante ao que ele ouvia
na barriga da mãe. Mas, o mais importante e mais simples de tudo é mesmo manter
o bebé junto ao corpo da mãe. Isto pode ser feito através do babywearing que
nos permite manter o bebé junto a nós ao mesmo tempo que continuamos a viver a
nossa vida e a fazer algumas coisas que precisem de ser feitas. (Ler artigo sobre os benefícios do babywearing e babywearing II - questões práticas)
O organismo do bebé regula-se em função do organismo da sua mãe, quando está junto desta. Por exemplo, já dissemos que os
bebés regulam mais facilmente a sua temperatura corporal se estiverem junto do
corpo da mãe e a sua respiração também adopta um ritmo muito semelhante ao da
mãe quando estão juntos. Na verdade, alguns investigadores, como James Mckenna,
defendem que este é o mecanismo que está na base da diminuição do risco de
morte súbita quando o bebé dorme junto da mãe: porque nos bebés pequenos o
aparelho respiratório ainda é muito imaturo e, esta imaturidade, pode originar paragens
respiratórias que levam mesmo à morte. Se o bebé estiver em contacto com a mãe
é como se o seu organismo se deixasse influenciar pelo desta e já foi
observado que, nestes casos, o seu ritmo respiratório passa a seguir
um padrão mais estável e seguro.
As neurociências começam também a
descobrir que o sistema nervoso dos bebés parece deixar-se influenciar e
regular pelo dos seus pais. Isto quer dizer que num bebé aflito, que chora e
está em stress, a presença de um adulto tranquilo e seguro faz com o que seu
sistema nervoso, de algum modo seja influenciado pelo do adulto de forma a que
aprenda a regular-se muito mais facilmente.
Então aquilo que já sabemos é que um bebé sozinho, isolado, sem a presença
física de um adulto é um bebé que precisa de despender muito mais energia para
conseguir manter o seu organismo em bons níveis de funcionamento. Isto quer
dizer que o contacto físico com os pais é mesmo uma necessidade fundamental,
sobretudo, em períodos de maior tensão, de maior estimulação ou cansaço.
Sono - um bebé com sono, é um bebé cansado e, esse cansaço - tal como acontece com os adultos - diminui muito a sua tolerância a todo o tipo de estímulos. Acontece que é natural que um bebé não consiga adormecer sozinho, mesmo quando tem sono. O sono é um momento de vulnerabilidade, de entrega e, por isso, é fundamental que o bebé ou criança se sintam seguros para adormecer. E a melhor forma do bebé se sentir seguro é, mais uma vez, ao colo da mãe ou do pai. Também é importante que os adultos comecem a ser capazes de ler os primeiros sinais de sono e cansaço no bebé, como esfregar os olhos, bocejar, pouca vontade de interagir, por exemplo. Porque se estes não forem respeitados, o bebé pode começar a ficar tenso e, quando esta tensão surge significa que aumentam os níveis de cortisol no sangue. Uma hormona que influencia os nossos ciclos de sono mas que também tem um papel importante na resposta ao stress. Então, quando estes níveis aumentam, o bebé começa a ficar mais ansioso e agitado e torna-se muito mais difícil adormecer. Nestes casos, é importante que o adulto se mantenha calmo e em contacto com a criança para ajudar o seu organismo a retomar o equilíbrio. Por vezes ajuda passear um pouco com o bebé ao colo, ou num porta-bebés recreando os movimentos do útero. Sempre que passou muito da altura certa para o bebé dormir é natural que se torne mais difícil adormecê-lo e também é muito natural que os sonos sejam mais curtos, porque quando a concentração de cortisol no sangue é elevada, o organismo entra num estado de alerta.
Por causa da influência que o organismo da mãe exerce sobre o do bebé é mesmo importante que esta se mantenha calma quando está a tentar adormecê-lo. Na verdade, por causa desta influência - como muitos pais descobrem sem querer - uma das formas de adormecer um bebé é mesmo pô-lo no nosso colo e dormirmos também.
Dores – a maior parte das vezes
aquilo a que os pais e pediatras chamam cólicas não têm propriamente uma origem
física mas são fruto do cansaço que o bebé acumulou ao longo do dia e do stress
provocado pela dificuldade e cansaço de tentar manter o seu organismo a
funcionar de forma equilibrada sem a presença e o contacto dos pais ao longo do
dia. Sobretudo se o dia foi cheio de estímulos e os pais estiveram pouco presentes, é muito natural que o bebé, ao
final do dia, se mostre cansado e com mais dificuldade em se auto-regular sem
a presença dos pais, porque já gastou muita energia a tentar fazê-lo sozinho o dia inteiro. E, por vezes acontece que, o cansaço e a tensão acumuladas
foram tantas que, mesmo a presença e o contacto físico com os pais ainda podem
levar alguns minutos até fazerem efeito e até que o bebé consiga ficar mais calmo.
Isto será ainda mais demorado se o pai ou a mãe que estão com o bebé ficarem
também nervosos ou agitados e, por isso, não forem capazes de ser um bom modelo
para que o organismo do bebé se deixe influenciar e regular no sentido de
recuperar o equilíbrio. Porque realmente tudo indica que, de algum modo, os
bebés aprendem através desta modelagem que acontece de forma inconsciente e
subtil em que o organismo mais forte e mais capaz dos pais influencia
fortemente o organismo do bebé que, por ainda ser imaturo, é como se precisasse
de pistas para aprender as direcções a seguir.
Algumas doenças, como otites, ou procedimentos médicos também podem causar dor ao bebé. Nestes casos a presença física e a disponibilidade da mãe também são essenciais para que o bebé aprenda a gerir o stress provocado por essas situações. Na verdade esta presença da mãe ou do pai também ajudam o bebé a lidar com a dor na medida em que contribuem para libertação de endorfinas e de dopamina, hormonas que estão associadas a situações de prazer e bem-estar, ajudando assim o organismo do bebé a diminuir o efeito prejudicial das hormonas libertadas com o stress provocado por essas dores e contribuindo mesmo para uma diminuição dos seus níveis de dor. Mesmo com crianças mais velhas sabe-se que, quando há uma maior segurança na relação da criança com os pais, há uma maior tendência para que se encontrem em maior quantidade na sua corrente sanguínea estas hormonas que podem ter um papel importante na diminuição dos seus níveis de dor e do stress provocado por alguns desafios.
Algumas doenças, como otites, ou procedimentos médicos também podem causar dor ao bebé. Nestes casos a presença física e a disponibilidade da mãe também são essenciais para que o bebé aprenda a gerir o stress provocado por essas situações. Na verdade esta presença da mãe ou do pai também ajudam o bebé a lidar com a dor na medida em que contribuem para libertação de endorfinas e de dopamina, hormonas que estão associadas a situações de prazer e bem-estar, ajudando assim o organismo do bebé a diminuir o efeito prejudicial das hormonas libertadas com o stress provocado por essas dores e contribuindo mesmo para uma diminuição dos seus níveis de dor. Mesmo com crianças mais velhas sabe-se que, quando há uma maior segurança na relação da criança com os pais, há uma maior tendência para que se encontrem em maior quantidade na sua corrente sanguínea estas hormonas que podem ter um papel importante na diminuição dos seus níveis de dor e do stress provocado por alguns desafios.
Algumas vezes também pode
acontecer que o bebé tenha algumas dores que, na maioria das vezes são, causadas por alguma alimento a que o bebé seja intolerante e que a mãe consome,
passando assim no seu leite. Uma grande maioria das vezes este alimento são os
lacticínios a que boa parte dos bebés não reage bem e que, se a mãe comer,
irão passar através do seu leite. Mas, nestes casos há, quase sempre, outros sintomas
associados: o bebé terá a barriga inchada, gases, pode haver alturas em que tem
vontade de mamar mas não consegue fazê-lo porque começa a chorar com dores
quando tenta mamar, podem surgir diarreias, refluxo, muitas vezes estes bebés
têm um peso baixo e dificuldade em engordar, problemas de pele, etc. E, nestes
casos também o que acontece é que, em vez de desaparecerem os sintomas, quando
o bebé começa a comer esses mesmos alimentos tudo terá tendência para se
agravar. Nestes casos a melhor forma de ter a certeza de que se está mesmo
perante um caso de dores provocadas por alguma intolerância é eliminar
totalmente esse ingrediente da alimentação da mãe pelo menos durante uma
semana, o tempo mínimo para que desapareçam todos os sintomas.
Ansiedade por parte da mãe – nos
primeiros tempos de vida os bebés vivem num estado de fusão total com a mãe. E,
como já vimos, o seu organismo precisa mesmo desse estado de fusão para
aprender a auto-regular-se. Então isto significa que o bebé também está muito
permeável a todas as emoções da mãe. E, muitas vezes, não basta termos em conta
apenas as necessidades do bebé para lidar com o seu choro. É fundamental que
olhemos também para as da mãe. Se a mãe estiver muito ansiosa ou deprimida irá
transmitir essas emoções ao seu filho e ele acabará por expressá-las da única
forma que sabe: chorando. Então, por vezes, a melhor forma de lidar com o choro
de um recém-nascido passa também por perceber se a sua mãe tem as condições
necessárias para que não se sinta demasiado ansiosa, agitada ou deprimida
enquanto cuida do seu bebé. Para que possa servir como um modelo ajustado e
adequado para que o seu organismo imaturo possa aprender a regular-se. Se nos parece que o bebé tem tudo o que já foi referido e não encontramos outras causas para o seu choro, por vezes, a única forma de lidar com ele é mesmo cuidar da mãe. Procurar perceber se há alguma coisa que a esteja a deixar particularmente ansiosa,
agitada ou deprimida e se há alguma coisa que se possa fazer para melhorar a situação.
agitada ou deprimida e se há alguma coisa que se possa fazer para melhorar a situação.
Em resumo: o mais importante é darmos ouvidos ao nosso instinto e prestar atenção ao choro do bebé, não o desvalorizar e responder sempre com a nossa presença física e disponibilidade emocional, ensinando-o que pode confiar em nós e nos seus próprios recursos para alterar aquilo que precisa de ser mudado. E, a verdade é que, ao contrário do que demasiadas vezes somos levados a pensar, para um bebé que tem tudo isto o choro frequente não é tão natural assim. A tendência é para que os bebés que vêem as suas necessidades satisfeitas com regularidade se tornem bebés que passam a chorar muito pouco e que demonstrem até uma maior tolerância em situações de stress que aconteçam ocasionalmente.
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