Cada vez se fala mais em
violência obstétrica e na importância de criarmos condições para que, no
momento do parto, tudo possa correr da melhor forma para o bebé e para a mãe.
Quando pensamos em violência obstétrica temos tendência para pensar em maus tratos
ou em negligência mas acontece que a violência nem sempre tem de acontecer de
uma forma expressiva e agressiva para ser violência. Existe, muitas vezes, uma
violência mais subtil e passiva que continua a ser violência apenas porque faz
parte de uma visão do ser humano, neste caso da mulher e do parto e do bebé
recém-nascido que é violenta, violenta no sentido de não considerar todas as
suas necessidades e sensibilidades e violenta no sentido de não reconhecer a
importância de tratar este momento com toda a delicadeza que ele merece. Uma
violência que, por vezes, acontece não por má vontade mas simplesmente por
ignorância de alguns aspectos que envolvem o momento do parto.

Então, é importante falarmos
claramente sobre isso. E foi depois de ler
este texto da Joana Silva, do blog
Just Natural Please, que tomei consciência de que precisamos mesmo de falar
sobre isto, porque se não falarmos e se não tivermos coragem de reflectir em
conjunto sobre tudo o que passa as coisas nunca irão mudar. Hesitei sempre em
escrever sobre isto porque é algo intimo e pessoal mas, a verdade, é que é
preciso que partilhemos e que falemos muito para que as coisas possam mudar e
para que essa mudança aconteça de forma mais rápida.
Então, aquilo que aconteceu
comigo foi também uma forma de violência obstétrica, embora inicialmente tenha sido envolta
em simpatia que a tornou mais difícil de identificar.
A minha história começou quando,
às 40 semanas de gravidez, por volta das 2 da manhã, senti que me rebentaram as
águas e decidi ir para o hospital passado pouco tempo. Enquanto estive nas
urgências, na verdade, não tenho queixas e tudo correu bem e senti-me sempre
respeitada. Da mesma forma, é preciso também dizer que senti sempre muito bem
tratada durante todo internamento do pós-parto,
onde senti que estava a verdadeiramente a ser cuidada. O médico que me atendeu
nas urgências explicou que me iria internar apenas para ser monitorizada porque
não havia nenhum sinal de contracções mas o facto das águas terem rebentado
poderia aumentar o risco de infecções. Quando perguntei quanto tempo teria de
ficar internada ele disse-me que era impossível dizer porque poderia até levar
dias para que o parto se desencadeasse de forma natural. Falou-se na
possibilidade de fazer uma indução mas foi sempre muito claro que isto só aconteceria
se eu pedisse e que poderia ficar vários dias à espera desde que continuasse
tudo bem com o bebé, como parecia ser o caso.
Acabei então por ir para um
quarto por volta das 7 da manhã e e ao meio dia comecei a ter contracções. Para
espanto da enfermeira que me ligou ao ctg estas começaram muito rapidamente a
tornar-se mais fortes e seguidas. Desci então para o bloco de partos, já com o
meu marido que entretanto chegou. Até aqui tudo corria bem e bastante depressa.
Fui examinada apenas duas ou três vezes e as enfermeiras ficavam sempre
espantadas com a rapidez com que estava a acontecer a dilatação. Houve uma
altura em que me sentia com quebras de tensão quando as contracções ficavam mais
fortes, porque estava há muitas horas sem comer e tinha dormido muito pouco mas
uma enfermeira trouxe-me um sumo de fruta que me deu logo mais energia e
resolveu esse problema.
Então, ao fim talvez, de umas
três horas de ter começado a ter contracções estava já na sala de parto e foi
aqui que tudo se complicou. As contracções eram muito seguidas e intensas e
muito rapidamente deixou de haver qualquer intervalo entre elas. A certa altura
lembro-me que uma enfermeira me perguntou se eu tinha feito o curso de
preparação para o parto e eu disse que não e parece que foi aqui que tudo
começou a descambar. Não fiz curso porque considerei que tinha lido o
suficiente sobre o tema e estava confiante, achava eu, na minha capacidade de
parir. Mas a enfermeira aqui ficou preocupada por achar que eu não tinha
aprendido a respirar então começou a querer ensinar-me como fazê-lo. Mas eu não queria aprender a respirar de
nenhuma maneira específica, queria apenas que me deixassem em paz e à vontade.
A certa altura lembro-me que alguém me disse que tinha de respirar bem porque
se não não chegava oxigénio ao bebé. Hoje, olhando para trás, isto parece-me um
absurdo porque obviamente que em nenhum momento eu deixei de respirar mas é
claro que tinha uma respiração alterada. Antigamente havia quem defendesse que
uma forma de respirar própria poderia ajudar as mulheres a controlarem a dor
mas também já há muito quem diga que isso é totalmente irrelevante e que se
deve deixar a mulher respirar como quiser. Na
verdade, acho que essas respirações que se aprendem têm um efeito placebo e
servem apenas para que a mulher acredite que pode controlar alguma coisa, mas o
que eu queria naquele momento era mesmo não ter de controlar nada. Não
estava com muito medo da dor.
A certa altura a mesma enfermeira, acho eu - na verdade não estava a reparar
muito bem com quem é que estava a falar - perguntou se eu queria experimentar o
gás, explicou-me o que era e pareceu-me inofensivo por isso resolvi tentar. Mas
aquilo não fazia efeito nenhum e ela explicava-me que não fazia efeito porque
eu não estava a respirar correctamente, que era preciso por a máscara na boca e
respirar não sei quando e não sei como para inspirar bem o gás no momento certo
e sentir alívio. E ela já me dizia que se zangava comigo se eu não respirasse
bem e lembro-me de ter um momento em que pensei que só me apetecia atirar-lhe
com a máscara à cabeça.
Depois a certa altura houve
também uma enfermeira, não sei se a mesma ou outra, que começou a perguntar-me
em que posição é que eu queria ter o bebé. E eu não tinha vontade de lhe
responder, ela insistiu, insitiu até que eu disse talvez de cócoras mas que não sabia. Mais uma vez tudo o que queria era que me deixassem em paz e não me fizessem
falar. Queria apenas que me deixassem mexer à vontade e na altura logo
veria qual seria a melhor posição.
Neste caso a enfermeira estava a
ser bem intencionada e realmente queria que tudo corresse como eu tinha
planeado. Mas o que eu tinha planeado
era justamente que não queria ter planos. Foi por isso que nunca cheguei a
escrever o meu plano de parto porque, ingenuamente, acreditei que, na altura
saberia o que fazer e seria capaz de o fazer.
Entretanto havia um rádio a tocar
com música que não me dizia nada e até me estava a aborrecer mas não conseguia
queixar-me disso. Estava naquele estado
a que muitas mulheres chamam a partolândia, um estado em que estamos
completamente inundadas de hormonas, que servem para atenuar a dor e que também
nos põem num modo de funcionar puramente instintivo. Por isso muitos médicos,
como Michelle Odent, por exemplo, defendem que o ideal é não estimular nada o
lado racional da mulher durante o parto, para que essas hormonas possam fazer o
seu trabalho é importante não fazer a mulher pensar, nem falar, é importante
que o local seja relativamente escuro e que tudo se faça para que a mulher se
sinta segura e possa activar o seu instinto, que sabe exactamente aquilo que é
preciso em cada momento. Afinal de contas parir é algo mais animal do que
racional.

E desde as primeiras contracções
que eu ia emitindo uma espécie de gritos de cada vez que tinha uma contracção.
Digo uma espécie porque não eram bem gritos, era algo que vinha bem mais de
dentro, era uma vocalização instintiva que me ajudava a lidar com a dor e
torná-la bem mais suportável. Não sei porquê nem de onde vinham aquelas
vocalizações mas sei que na altura era tudo o que o meu corpo me pedia para
fazer, para além de alguns movimentos que também iam ajudando um pouco. Quem me
conhece sabe que não sou de gritar, já tive três cólicas renais e nunca gritei,
já desmaiei de dor, já chorei, já vomitei
até por causa das dores mas nunca gritei porque, nesses casos, sabia que não me
servia de nada, mas aqui sentia mesmo um alívio grande sempre que fazia esses
sons.
Então quando as contracções
passaram a ser sempre seguidas e mais intensas, naturalmente estes gritos
também aumentaram de tom, creio eu. E, a partir de certa altura, comecei a
ficar muito consciente de que aquelas vocalizações pareciam incomodar as
pessoas, parecia-me a mim que todos à minha volta achavam que eu estava a ficar
descontrolada e que isso não era bom. E foi precisamente neste momento que
entrou o médico anestesista que nunca deveria ter entrado naquela sala.
Lembro-me bem dele, era um rapaz novo com ar de quem estava ali há pouco tempo
e de quem queria resolver as dores do mundo e a quem parecia completamente
absurdo eu estar ali a sofrer quando ele me podia ajudar. Entrou e perguntou se
eu não queria epidural, eu disse que não e ele insistiu, perguntou porquê, e quis saber de que é que eu tinha medo. Eu
ainda disse que tinha medo que aquilo complicasse as coisas e atrasasse tudo.
Ele disse que não ia atrasar nada, que só ia deixar de sentir as dores mas ia
continuar a sentir tudo o resto e podia fazer tudo na mesma, mas sem dor. Eu
perguntei se seria mesmo assim, ele disse que sim. Eu ainda hesitei e perguntei
se ele achava mesmo que não ia trazer nenhuma complicação e lembro-me
perfeitamente da resposta porque foi aqui que cedi: ele disse que todas as
pessoas naquela sala acreditavam que era mesmo a melhor ajuda naquele momento.
Então eu cedi, disse que sim, que nesse caso queria. O meu marido diz que me
perguntou duas ou três vezes se eu tinha mesmo a certeza que queria mas já nem
me lembro disso. Só me lembro que a
seguir me começaram a dizer que tinha de ficar muito quieta para levar a
injecção e eu não conseguia ficar quieta porque todo o meu corpo me pedia para
me mexer. Nesta fase eu já tinha a dilatação completa e estava no período
expulsivo. O meu marido também conta que houve uma enfermeira que ainda disse
que já não valia a pena mas ninguém a ouviu. Lembro-me que foi preciso
agarrarem-me para me darem a injecção e foram precisas todas as pessoas da sala
para me segurarem as pernas enquanto eu tentava mexer-me e gritava “mas ele já
quer sair, ele quer sair.”
Mas, assim que me deram a epidural, deixei de sentir as dores e tudo o resto.
Perdi toda a sensibilidade nas pernas e em todos os músculos da cintura para
baixo. Tive de ficar deitada porque as minhas pernas pareciam mortas e quando
me diziam que tinha de fazer força não o conseguia fazer porque não sentia
absolutamente nada. E por isso um parto que estava quase no final ainda demorou
mais um bom bocado e foi preciso vir um médico para fazer a episiotomia e usar
ventosas porque para puxar o bebé porque eu já não era capaz.
A certa altura lembro-me que
todos me gritavam para fazer força e eu fazia mas não nos músculos certos e
diziam-me que não era na cara que precisava de fazer força e eu voltava a
tentar. Às tantas, com todos a ralharem e eu sem saber mais o que fazer, o meu
marido disse qualquer coisa do género vamos lá ter calma e o médico só lhe
gritou “calma, não, calma não, que esse bebé agora tem mesmo de sair que já
está a demorar tempo demais.”
Esse médico, ao contrário de
todos os outros, foi sempre frio e distante. Nunca me explicou o que estava a
fazer, nem porque é que o fazia. Na verdade ele estava ali a dirigir tudo mas
foi sempre uma outra médica, em formação, que fez tudo, a quem ele ia dando
ordens e explicando as coisas como se ela estivesse a mexer num boneco e não
numa pessoa real, que estava ali a ouvir tudo e que era também uma parte do
processo. No final, quando perguntei quantos pontos tinha levado, até me
respondeu ligeiramente irritado que as senhoras querem saber o número de pontos
mas que ali não se contavam os pontos.
Quando o meu filho nasceu, por
ter demorado tanto tempo no período expulsivo penso eu, estava roxo e só me
lembro de o ver ser levado para outra sala onde ainda ficou um bocado para
recuperar. Só passado um bocado é que a enfermeira disse ao meu marido que
podia ir lá vê-lo mas ele também não pode pegar-lhe nessa altura.
Quando o trouxeram, passado
talvez uma meia hora, já vinha vestido e limpo e eu fiquei com um sentimento de
culpa do tamanho do mundo por ter deixado que o levassem, por ter aceitado a
maldita epidural, por não ter sido capaz de fazer força, por não ter tido
sequer consciência do momento em que nasceu.
Com a epidural perdi as dores mas
perdi também toda a consciência do meu corpo da cintura para baixo e a minha
capacidade de ter um papel activo naquele momento tão importante. Mas mais do
que isso, só mais tarde percebi, que me senti também a perder a ligação que
tinha com o meu filho e que estava tão presente até essa altura. Senti-me como
se o tivesse traído porque ele continua a fazer o papel dele mas eu já não era
capaz de fazer o meu.
O meu primeiro parto tinha sido
uma cesariana porque o bebé não tinha dado a volta e, agora, com um parto
natural, a frustração de não estar com ele logo nos primeiros momentos e essa
sensação horrível de o ver ser tirado de dentro de mim e logo levado para
longe, era igual mas ainda com a agravante da culpa de sentir que agora era eu
que tinha falhado.
Na altura senti que a culpa era
mesmo toda minha porque não tinha sido capaz de dizer que não à epidural. Mas
agora, olhando para trás, sinto que deveria ter sido protegida dessa pressão e
sinto-me zangada com o médico que pressionou mas também com todas as outras
pessoas que não impediram que isso tivesse acontecido. Na altura fiquei também
zangada com o meu marido que não me impediu de levar a epidural mas hoje em dia
reconheço que ele também estava num papel difícil e ingrato porque também tinha
o direito de estar nervoso, uma vez que também era ele que estava prestes a
tornar-se pai e realmente não podia tomar decisões sobre algo que só eu é que
sentia.
Por isso é que acho importante
que falemos honestamente sobre estas coisas.
Porque os profissionais precisam de saber que é importante confiarem
mais nas mulheres e em todo o processo de parto. Porque senti que o que falhou
no meu caso foi mesmo isso: a confiança de que tudo estava a desenrolar-se como
devia. Esta confiança acabou por desaparecer de mim porque não a senti nas
pessoas à minha volta. E é isso que sinto que falta: tratarmos o parto como um
evento natural e normal que deve ser encarado com toda a normalidade excepto
nos casos em que haja complicações.
Uma das coisas em que pensei foi
na possibilidade de ter um parto em casa. Eu nasci em casa e sempre acreditei
que esta é uma possibilidade válida nos casos em que não há complicações. Mas,
ironicamente, uma das razões que me levou ao hospital foi pensar que queria
poder gritar à vontade e as horas que fosse preciso sem ter os vizinhos a
bater-me à porta ás 3 da manhã. Pensei que escolhendo um hospital com fama de
se dedicar a partos mais humanizados poderia confiar e entregar-me à vontade às
pessoas que o fizessem. Fui ingénua e hoje o que faria diferente seria ter uma
doula que me pudesse proteger mesmo das boas intenções. Mas, na verdade,
gostaria que não fosse preciso ir para o hospital com alguém para me defender.
E que também não fosse preciso pensar em ficar em casa apenas para estar protegida
dessas intervenções desnecessárias.
Então o que eu gostava mesmo era que passássemos a acreditar mais no
corpo da mulher e a compreender melhor que uma mulher a parir precisa apenas de
se sentir segura e de um ambiente tranquilo, com o mínimo de intervenções onde
tudo se possa desenrolar. Os médicos precisam de aprender a confiar na natureza
e a saberem que, neste caso, o ideal é mesmo que não sejam necessários.

Acredito que o parto é um momento
importante na vida de qualquer mulher mas também e ainda mais para o bebé. Na
verdade tive muita sorte do meu parto não ter deixado grandes sequelas físicas
para além de me ter obrigado a passar uma semana de cama totalmente incapaz de
fazer o que quer que fosse. Mas as
sequelas mais importantes muitas vezes são aquelas que não se vêem. E a verdade
é que acredito que um parto complicado pode influenciar todo o puerpério
negativamente, com uma mãe mais nervosa e insegura mas também o bebé.
Para que a transição se faça da
forma mais suave possível para o bebé é fundamental que haja o contacto pele
com pele logo a seguir ao nascimento e é fundamental que o bebé seja deixado em
paz, livre de intervenções e que tenha todo o tempo para se habituar a estar cá
fora, antes de ser pesado, medido e etc. Um
bebé que é recebido sem estes cuidados, a quem nem sequer é permitido que fique
junto da mãe, o único corpo que conhece, nos primeiros tempos de vida, terá
todas as probabilidades de ser um bebé mais ansioso, mais nervoso, um bebé mais
reactivo e mais sensível, para além de todas as complicações e dificuldades que
isto pode trazer à amamentação que, no meu caso, felizmente não aconteceram. E se juntarmos a um bebé reactivo e
sensível uma mãe que se sente ainda traumatizada, deprimida, nervosa, agitada
ou culpada porque o parto não correu como devia, então é claro que aumentamos
muito as probabilidades de que tudo comece a correr mal. Porque o parto é um momento tão
importante tem um impacto também muito grande na estrutura psicológica da
mulher e, quando as coisas não correm como devia, é muito fácil que surjam
traumas que podem deixar marcas profundas. No meu caso, lembro-me bem de ter
ficado ainda vários dias num estado de alerta que nunca me lembro de ter
conhecido antes, como se fosse impossível relaxar porque todo o meu organismo
tinha entrado num modo de defesa e protecção. E claro que esta não é a melhor
forma de nos ligarmos a um recém-nascido que, ainda por cima, é altamente
influenciável e permeável às emoções da mãe.
Gordon Neufeld diz que a hipersensibilidade é a marca de um nascimento
que teve demasiadas intervenções. E temos cada vez mais bebés hipersensíveis,
bebés mais reactivos, que choram mais e são mais difíceis de acalmar, bebés
também com mais dificuldade para dormir ou mamar e bebés que são mais
desafiantes para os pais. Acredito
que uma parentalidade com o apego em mente pode servir para corrigir ou diminuir muitas
destas marcas mas, se a mãe também está fragilizada, traumatizada e em alerta
porque o parto não correu bem então torna-se mais difícil ler eficazmente os
sinais do bebé e ser uma fonte de segurança e conforto para ele. E se o parto também não a ajudou a acreditar
em si e nas suas capacidades, isto pode fazê-la sentir-se menos capaz de lidar
com um bebé que ainda por cima é mais sensível.
Então precisamos de saber receber os bebés neste mundo com toda a
tranquilidade que eles merecem e precisam e para isso precisamos de re-aprender
a confiar na mulher, no seu corpo e nas suas capacidades. E reconhecer que,
se a ciência e a medicina nos trouxeram muitas vantagens, há momentos em que é
muito bom que saibamos que pô-las de lado e respeitar a natureza. Por isso acho
que é importante falarmos, debatermos e expormos as nossas experiências e
angústias, para que as coisas possam realmente mudar e foi por isso que decidi
também partilhar a minha experiência, porque precisamos mesmo de várias vozes a
falar disto e a pedir as mudanças que são necessárias.